Roads – Portishead
Dummy
(Go Records!, 1994)
Uma imagem astronómica por dia. Vale sempre a pena e, por vezes, descobrimos estranhos objectos cósmicos, como esta nebulosa. A beleza com que se abre ao universo facilmente nos oculta a sua verdadeira face – a face da morte, a morte da estrela que aqui morre e que morre tão lindamente.
A estrela que morre, semelhante ao nosso Sol, está no centro da imagem, a 4 mil anos-luz de nós. Estima-se que seja uma das mais quentes – 200 mil graus Kelvin (pouco mais de 199 mil graus Celsius) – de entre as estrelas conhecidas pelo homem. O que dança à sua volta são os seus restos, expelidos já no último estertor (que pode durar milhões de anos).
Foi fotografada pelo Hubble, captando os anéis bamboleantes de fogo que não são mais do que o material expelido quando a estrela se transforma em white dwarf (anã branca, digo eu). Dança, dança… para morrer.